quarta-feira, dezembro 17, 2008

Boas lembranças...


Ah, eu ando numa coisa com a música italiana. Não sei se é a época, a saudade, ou a falta dele. Mas sei que os rumos do meu coração podem estar se acalmando.

Ao falar da música de Laura, semana atrás, a Márcia comentou sobre a música “Io Che Amo Solo Te” e isso me trouxe uma lembrança da infância. Enquanto eu lia as escritas de Márcia nos comentários lembrava que eu era alucinada pela música “Dio Come Ti Amo”, acho que associei porque ambas falam de amor.

Quando eu era pequena, fazia meu avô ficar cantando para mim repetidas vezes, enquanto o disco rodava na vitrola. Eu tentava acompanhá-lo no meu italiano enrolado e improvisado e na minha desafinação de criança. Ele se divertia.

O mais reconfortante foi relembrar este momento sem dor, apenas com saudade. Pude sentir como se estivesse novamente vivendo aquele momento. E isso foi mágico, não dolorido.

Vou deixar esta música deliciosa, junto com a minha lembrança, na voz de Gigliola Cinquetti. E você, qual música te traz lembrança boa da infância?

segunda-feira, dezembro 08, 2008

Quando o espelho trai

Foto: Sílvia Antunes

Você se dá conta de que não tem mais 20 anos quando o seu médico pede um ultrassom de mama. Esta foi a conclusão que cheguei ao voltar da consulta ao ginecologista. 

Não que eu me ache velha ou coisa do tipo. Longe de mim estes dramas, aliás, acho importante ver a passagem do tempo, acho divino completar mais um ano de vida, sempre. 

Mas eu tenho um certo problema de percepção. Eu já havia comentado isso com o marido psicólogo. É que, às vezes, a Luciana que reflete no espelho não é a mesma que habita este corpo. E isso me confunde por vezes.

Tenho a sorte de parecer mais jovem do que sou. Muita gente, quando acaba de me conhecer, jura que tenho 18 anos, quando, na verdade, tenho 28. Isso é bom e costumo brincar com o desconhecido – que se envergonha pelo erro matemático – que não se avexe, porque se ao chegar aos 50 pensarem que tenho 40 será uma economia e tanto em plásticas...rs. 

A questão é que, às vezes, eu mesma me assusto. Tem horas que olho no espelho e aquela face não combina com os conhecimentos que adquiri, com as coisas que já vivi, os traumas que superei, as dificuldades que venci. Isso me incomoda. 

Quer sair da filosofia e ter exemplos práticos? Pois bem. São 10 anos de jornalismo e tem gente que não acredita. Outro: dou aula em uma universidade e há professores que estranham em me ver na sala dos professores, ou ainda estudantes de outras turmas que me confundem com aluna. E quando o segurança me pára no meio da manobra, no estacionamento dos professores, dizendo que não posso parar ali porque é vaga de docente? Argh! Sem comentários...

Acho bonito o corpo acompanhar a alma, a vida que foi vivida. Isto não significa que serei uma senhora pelancuda, deixo bem claro.

Mas também há os momentos em que, opa, como assim ultrassom de mama? Eu só tenho 20 anos!

sexta-feira, dezembro 05, 2008

Cante, cante...


A música sempre fez parte da minha vida e foi muito freqüente na minha infância. Músicas italianas, nem preciso dizer. Claro que não eram as músicas pop de hoje. Mas, enfim, assim eu me apaixonei por este idioma.

Certa vez, quando fazia faculdade de jornalismo, fui a uma rádio para fazer uma entrevista de estágio. Enquanto a pessoa me apresentava o estúdio, tocava uma música italiana e a locutora soltou a pérola – não no ar, obviamente – “música italiana é por excelência brega”. Nem preciso dizer que o sangue me subiu, mas fiquei quieta, afinal, eu estava em busca de um emprego.

Coisas da vida. Estórias para contar. Brega ou não, o fato é que eu amo música italiana. E, por mais que eu seja louca pelas tradicionais melodias, não consigo deixar de gostar de músicas como Laura Pausini canta. Tudo bem, confesso: a-do-ro Laura...

E justamente esta que deixo aqui para ouvirem no final de semana tem tudo a ver comigo, com a minha alma musical e com a trilha sonora que imagino para os momentos da minha vida.

Porque eu canto, mesmo desafinadamente, canto. Canto alegre e forte, com a voz ao vento e com a alegria “de quem esperará por isto e aquilo que virá”.

E você, o que canta? Bom final de semana!

quarta-feira, dezembro 03, 2008

Um dia meio assim...

Triste como o que não tem serventia,
o ódio cobrindo o dia
e a escuridão a o confortar.

Triste como quem se rende a companhia 
do amor que faz chorar.

Triste como o destino traçado, 
atrelado a um cenário
onde o esforço não tem lugar.

Triste como algo mal resolvido,
incerto e impreciso
na rotina a torturar.

Mas o mais triste é acreditar na vida,
no amor e na família
e ter de se questionar.

Poema: Conflito, de Mari Marinaro

Projeto Mil Casmurros

"Em particular animou-me a suportar tudo com paciência; no fim de um ano as coisas estariam mudadas, e um ano andava depressa. Não foi ainda a nossa despedida; esta fez-se na véspera, por um modo que pede capítulo especial. O que unicamente digo aqui é que, ao passo que nos prendíamos um ao outro, ela ia prendendo minha mãe, fez-se mais assídua e terna, vivia ao pé dela, com os olhos nela."

Pessoal, este é o Projeto Mil Casmurros, em que você escolhe o trecho do livro, grava e vai disseminando por aí pedaços da narrativa contada por várias pessoas. A dica foi da espertíssima Iêda, do Vida Bailarina.

Eu participei e achei o máximo. Que tal você também participar? 

É só acessar o site do projeto Mil Casmurros e seguir as instruções. Mas você precisará de webcam e microfone.

Depois me conta aqui o trecho escolhido que eu vou lá assistir sua interpretação.

O projeto surgiu para divulgar a minisérie Capitu, baseada no livro Dom Casmurro, de Machado de Assis, que será exibida de 9 a 13 de dezembro, na Rede Globo.



sexta-feira, novembro 28, 2008

Vai e volta

Foto: Lu Fuoco (preciso aprender a tirar boas fotos...hihihi)

Já faz algum tempo que a Coca-Cola decidiu colocar no mercado novamente os vasilhames retornáveis. Assim como no passado, as garrafas são de vidro e de 1 litro. Nem todo mundo aderiu e cada um por suas razões. Eu não segui o caminho porque tenho gatos que quebram garrafas e consumo demais a tal bebida para me contentar com um litro, ou seja, teria de ter várias garrafas.

Porém, faz uns dois meses que descobri no supermercado a Coca-Cola retornável de garrafa pet e de 2 litros. Aderi na hora. É prática, exatamente na medida do meu consumo, ecologicamente correta e mais barata. Tenho 3 vasilhames em casa.

Mas fiquei muito chateada quando a moça do caixa me contou que a maioria não gostou e não tem aderido. Isso significa que corremos o risco da empresa (Coca) desistir da idéia e tirá-la do mercado.

Eu acho um absurdo. Precisamos produzir menos lixo, minha gente. Agora vou dizer a minha percepção: a culpa é da própria Coca-Cola. Afinal, eu não vi uma ação decente de marketing a respeito. Nem em veículos de comunicação, muito menos no ponto de venda. Eu mesma descobri o produto por acaso.

Como sou adepta da idéia, vou divulgar. Por isso, pessoal, procurem pela Coca retornável de 2 litros, em garrafa pet, em seus supermercados.

quinta-feira, novembro 27, 2008

Registrado

Meu avô, cantando Torna Piccina Mia, em minha homenagem, no meu aniversário do ano passado. Última vez que sua voz teve vida.

Este post era para ter sido escrito na segunda-feira (24/11), em homenagem ao meu avô, que faria 81 anos naquele dia. Mas a correria não me deixou fazer isso. Contentei-me em “bater um papo” com ele, sozinha, em casa (não, eu não sou maluca).

Mas eu queria muito fazer a homenagem que planejei desde o dia em que descobri que ele deixou uma marca no mundo mais ou menos como ele queria. E vou fazer isto agora. 

Desde que criaram o “santo” Google, eu – e mais a torcida do Flamengo – tenho mania de colocar meu nome, o de amigos e parentes para ver o que aparece. Há uns meses coloquei o nome do meu avô, Nelson Fuoco, e, para minha surpresa, apareceu um resultado. 

O nome dele consta no Dicionário Cravo Albin de Música Popular Brasileira. Quando vi isso, as lágrimas não resistiram. Se eu já tinha orgulho dele, agora eu tinha a felicidade de ver que ele deixou uma marca por estas bandas bem ao seu modo. 

Meu avô era cantor. De uma voz belíssima. Era tenor de primeira qualidade. Seu sonho era viver da música, mas, naquela época, nem preciso dizer que seu sonho foi podado. O jeito de se realizar foi participar de corais na igreja e, como bom descendente de italianos, cantarolar Brasil afora músicas italianas em festivais. 

Quando ele estava no palco, seu olhar se iluminava. O som que saía de sua boca tinha vida. Nunca vi alguém resistir à sua cantoria. E ele soltava o gogó onde quer que estivesse. Até Tony Angeli tirou o chapéu para ele certa vez e lhe cedeu o microfone. Orgulho. 

Embora seu nome conste no dicionário por uma participação que fez em um disco e não exatamente porque estivessem falando dele, não importa: sua existência musical está registrada para sempre.

sexta-feira, novembro 14, 2008

O quê? Parte 2...

Foto: Isidro Dias

Lembram que eu disse que minha ex-professora havia me passado duas tarefas? Pois bem, aqui está a segunda cumprida.

E eu passo a bola para: Rosane, do Miojo, e Fabi, do Em Cima do Salto. Mas, por favor, não se sintam na obrigação de responder...

Nome: Luciana Maria 

Idade: 28

Local de Nascimento: São Paulo/SP

Peso: 42

Altura: 1,52

Apelido de infância: Lu, Luca e Mona

Qual é a sua maior qualidade? Perseverança

Pior defeito? Ingenuidade

Qual é a característica mais importante em um homem? Fidelidade

E em uma mulher? Fidelidade

Qual é a sua idéia de felicidade? Pequenos momentos

E o que seria a maior das tragédias? Não sonhar

Quem você gostaria de ser se não fosse você mesmo?  Um gato

E onde gostaria de viver? Eu vivo onde gostaria

Qual é sua cor favorita? Verde

E o seu desenho animado favorito? Pica-pau

Qual o seu escritor favorito?  Hum...nunca pensei nisso. Gosto de livros, simples assim!

E seus cantores e/ou grupos musicais? Meu avô Nelson

O que te faz feliz instantaneamente? Jabuticabas

Quais dons você gostaria de possuir? Eternidade

Tem medo da morte? Sim

Quem é seu personagem de ficção favorito? Dr. House

Qual defeito é mais fácil de perdoar?  Depende da pessoa, depende do enredo

Qual é o lema de sua vida?  Nunca mais ter vergonha ou medo de dizer o quanto gosto de alguém

Qual sua maior extravagância? Acreditar nos meus projetos de vida e de trabalho

Qual sua viagem preferida?  Campos do Jordão, em 1996. Fui sozinha, com meu próprio dinheiro e descobri que me dou muito bem comigo mesma.

Se pudesse salvar apenas um objeto de um incêndio, qual seria? O livro de recortes com as reportagens do meu avô Joaquim (ele era jornalista)

Qual é o maior amor de sua vida? Eu

Onde e quando foi mais feliz?  Fui muito feliz em muitos lugares, em diversos momentos

Qual é sua ocupação favorita?  Contar estórias, em todas as suas forma

Pensa em ter filhos? Sim

Quantos? Dois...

Um animal de estimação: Gato

Uma atividade física:  ando em falta...

Esporte: Ginástica Rítmica

Prato que sabe fazer: Strogonoff

Uma comida que gosta: Japonesa

Uma invenção tecnológica sem a qual não vive: rádio

Gasta mais dinheiro com:  comida

Uma inabilidade:  alturas

O que não faria em nome da vaidade? Qualquer procedimento que se utilize de injeção

Uma mania:  tomar Coca-cola no café da manhã

Uma saudade:  a voz do meu avô

O primeiro beijo: foi roubado

quinta-feira, novembro 13, 2008

O quê?

Iêda Santos, autora do Vida Bailarina, é uma amiga querida. Mas antes de ser uma amiga foi minha competente professora na faculdade de Jornalismo, que pegou uma turma já começada e fez nosso jornal laboratório acontecer. Guerreira e inteligente faz as capas mais bacanas do pessoal da Universidade São Judas Tadeu.

Desde os idos da faculdade que ela não me passava um dever. Então, é com muita honra, que aceito responder a dois “quizes” que ela me incumbiu.

Mas farei o seguinte: um será postado hoje e o outro amanhã.

E não pense que vocês escaparam dessa, ao final das minhas respostas listarei os meus escolhidos também. E assim vamos nos conhecendo um bocadinho.

Lá vamos nós!

A ÚLTIMA PESSOA COM QUEM FALOU HOJE: até agora, uma das editoras que eu frilo.

A ÚLTIMA COISA QUE FALOU: um beijo!

O ÚLTIMO PENSAMENTO: "vai dar certo" 

A ÚLTIMA PESSOA QUE SE RECONCILIOU: comigo mesma 

A ÚLTIMA PESSOA COM QUEM BRIGOU: eu nunca brigo!

A ÚLTIMA PESSOA QUE FALOU DE DEUS PRA VOCÊ: minha mãe

O ÚLTIMO LUGAR QUE VOCÊ GOSTARIA DE ESTAR: no trânsito

O ÚLTIMO FILME QUE ASSISTIU: “Medo da Verdade”

O ÚLTIMO LIVRO QUE VOCÊ LEU OU ESTÁ LENDO: “O que a baleia Shamu me ensinou sobre a vida, amor e casamento”, de Amy Sutherland

O ÚLTIMO PRESENTE QUE GANHOU: um biquíni com uma canga

A ÚLTIMA COISA QUE GOSTARIA DE ESTAR FAZENDO:  espirrando

O ÚLTIMO TELEFONEMA FEITO OU ATENDIDO NO SEU CELULAR OU TELEFONE: um assessor de imprensa

O ÚLTIMO CONSELHO QUE DEU E PRA QUEM DEU: para uma amiga querida, “procure um psicólogo (e isso não tem nada de louco)”

A ÚLTIMA VEZ QUE CHOROU E PQ: recentemente, por ter confiado em uma pessoa ruim

O QUE FARIA HOJE SE FOSSE SEU ÚLTIMO DIA DE VIDA: comeria jabuticabas!

Agora é a sua vez:

Bicho da Seda

Chez Cris

Delirium

P.S.: Nada de responder por obrigação, pessoal. Faça apenas se a vontade existir. Combinado?

Boas notícias!

Começar o dia com uma notícia boa não só aquece a alma, como também alegra o coração e nos traz coragem para seguir adiante.

Depois de uma longa espera, ontem, meu pai soube do desfecho positivo para ele sobre uma injustiça a que foi submetido. O resultado não só acalmou seu coração – e de toda a família – como também trouxe novos rumos para a sua vida.

Parabéns, pai, pela coragem de seguir adiante. Estamos com você, sempre, para o que der e vier!

Saber que, mesmo que demore, o certo sempre vence nos motiva a acredita que ainda existem pessoas íntegras no universo. Neste momento da minha vida, acreditar neste tipo de resultado também me faz seguir adiante. Porque a verdade sempre vem à tona. E os seres de bem têm a luz garantida para eles. 

E, enquanto se espera, os amigos verdadeiros, a família e as pessoas de cárater os apoiam e ficam ao seu lado. Isso, só os corretos têm.

Por isso, de hoje em diante, só quero boas notícias: para mim e para você. Aliás, qual é a sua boa notícia?

segunda-feira, novembro 10, 2008

Flores, por todos os lados...

Fotos: Lu Fuoco
A Rosane Queiroz, do Miojo, escreveu uma vez dizendo que gostava de colher flores pelo caminho quando está na praia. As flores colhidas são colocadas em copos ou o que estiver pela frente para alegrar a casa que aluga para passar as férias (aqui). Comentei por lá que também costumo fazer isso, mas que tenho alucinação por garrafinhas – de todos os tipos.

Aqui está uma mostra do que costumo fazer para trazer poesia e frescor à minha casa. A primeira foto é de um ramo de primavera que coloquei em uma garrafinha de champagne que veio em um presente que meu marido me deu de aniversário, ano passado.

Olha só como ficou lindo o cantinho da casa:

E estas três flores de primavera junto com o frasco de perfume gracioso (também presente do marido e que rende uma bela estória...) foram compor o arranjo que alegrou meu banheiro.



Promessa cumprida!

Foto: Lu Fuoco

O supermercado que vou tem um cantinho especial em que vende só flores. Por várias vezes fiquei tentada a levar alguma para casa, mas sempre deixava passar.

Terça-feira passada, no entanto, não resisti e levei este maço lindo de rosas. Eu nunca havia visto uma rosa desta cor. Fiquei encantada...

E o preço estava arrebatador: 20 botões por R$ 6,90. Não tinha como deixar passar. O arranjo ficou tão lindo e trouxe um ar sutilmente alegre e apaziguador para minha casa, que eu irei colori-la sempre, sempre.

Eu não imaginava o bem que um simples buquê de rosas poderia me fazer. Chegar em casa e olhar aquele cantinho especial trazia tanta paz....

Coisas simples da vida. Exatamente isto que eu buscava quando decidi fazer as malas!


P.S.: Para quem chegou atrasado a promessa cumprida diz respeito ao post do dia 05.

quinta-feira, novembro 06, 2008

Um momento diferente

Hoje meu dia de trabalho está embalado por Beatles em versão Rita Lee. Não sei se vocês conhecem o CD em que ela deu nova roupagem para algumas músicas dos Beatles e fez versões de outras, mas deveriam.

Eu não sou muito adepta das versões, mas Rita fez com tanta maestria, que encanta. Meu marido, um ouvido purista, mesmo sendo Rita não concorda. Eu amei.

Não saberia dizer minha música preferida. Todas são tão gostosas de ouvir...

Mas como estou num momento “preciso de docilidade e aconchego”, escolhi esta para vocês compartilharem comigo.





P.S.: Sei que eu prometi mostrar algo a vocês, mas minha cabeça de pudim esqueceu a máquina fotográfica em casa. Ou seja, mostro amanhã! Bom motivo para voltarem, não acham? Então, até.

quarta-feira, novembro 05, 2008

Depois do sumiço...o retorno!

Eu sei que já fiz isto outras vezes, sei que já pedi desculpas pelo sumiço por diversas vezes, mas eu juro que sempre tem um bom motivo. Jamais abandonaria este espaço gostoso e estas pessoas super bacanas sem um motivo justo.

Fiquei doente, melhorei, fiquei doente de novo e melhorei. E aí entrei na correria alucinada de final de ano nas redações, quando adiantamos as edições por conta de férias coletivas. Os prazos ficam alucinados e, claro, eu também.

Mas voltei. Depois de duas semanas em off.

Amanhã vou postar uma foto linda sobre algo que encantou meu dia ontem e deu um novo ar para o fim do dia.

Voltem para conferir, combinado?

E, vocês, o que andaram fazendo na minha ausência???

segunda-feira, outubro 20, 2008

Um novo ano!

Ontem foi meu aniversário. Fechei um ciclo e comecei outro. O que eu espero deste próximo ano?

- Falar menos e fazer mais;

- Saber me perdoar e me culpar menos;

- Entender que tudo se vai um dia;

- Saber me despedir daquilo que se vai e deixar o caminho livre para o que vem;

- Quero me respeitar mais;

- Sorrir mais;

- Amar mais;

- Plantar, colher, renascer;

- E assim como aprendi a dizer o que sinto, definitivamente, quero aprender a fazer aquilo que acho que deve ser feito, ou dito, na hora. Para viver mais leve, sem arrependimentos.

Quero aproveitar e agradecer a todo mundo que fez um esforço danado para o meu dia ser alegre e feliz. Valeu cada segundo ao lado de vocês: marido, mãe, pai, irmãos e cunhada. Obrigada pelo carinho, foi bom, muito bom. Também foi ótima a ligação da família e dos amigos. Não há nada melhor do que se sentir querida...

E se eu não derramei uma lágrima, foi porque ele me disse que “quem chora no dia do aniversário, chora em todos os outros”. E ele não ia querer me ver chorar para sempre. Pena que o telefone não tocou...

sexta-feira, outubro 17, 2008

Tietagem

Foto: Sérgio Pinto

Hoje vou falar de jornalismo, da profissão que tenho paixão em exercer. E vou contar um fato curioso: eu sou minha tiete.

Não saio por aí falando que escrevo para editora x ou para a revista y. Comento de forma comedida, quando cabe no assunto, quando alguém pergunta ou quando estou dando aula e quero passar um exemplo real.

Mas não saio por aí apontando meus textos impressos, esperando confetes e reconhecimento. Não preciso disso, porque eu já me sinto realizada sozinha, quando vejo meu nominho impresso embaixo de cada título.

Toda vez que uma reportagem minha vai para as ruas eu corro para ver. Vou na banca de jornal e folheio até ver meu nome. E aí fico admirando por uns cinco minutos, olhando como foi diagramada, se alguma parte foi encurtada, alterada. E sinto um prazer enorme, uma alegria inexplicável. É como se um filho meu tivesse acabado de nascer.

O mais engraçado é que isso acontece sempre. Só para terem uma idéia: escrevo uma seção, em uma revista de negócios, há quatro anos e toda vez que uma edição desta revista vai para as bancas, eu corro para ver. E sinto a mesma alegria, como se fosse a minha primeira vez.

E mais: normalmente, as editoras me enviam um exemplar das publicações que escrevo, mas eu gosto mesmo é de esperar ela chegar na banca de jornal e espiar meu nome ali no meio das prateleiras, no meio das outras pessoas.

Ali, no meio de todo mundo, ninguém sabe que fui eu quem escreveu aquelas linhas. Mas eu sei! Esta é minha alegria secreta...

E você, qual sua alegria mais secreta e mais infantil?

quarta-feira, outubro 15, 2008

Aos mestres, com carinho.

Foto: Ricardo André Alves

Venho de uma família de professores. Apaixonados professores. Inesquecíveis professores. Daqueles que não só ensinam as letras ou as teorias, mas indicam a vida, apóiam, educam, amam. Daqueles que são lembrados até hoje.

Também tive a sorte de conviver com professores iguais a estes que perambulavam diariamente pela minha casa. Peças raras e inesquecíveis.

Aprendi a amar o ofício. E, numa época em que a educação está tão depreciada, ensino por amor, por convicção, por paixão.

Lá em casa de meus pais, também se forma mais um professor. Apaixonado e exigente. Assim como tem que ser.

Somos românticos. Acreditamos no saber. Acreditamos naquilo que deveria ser – embora não mais o seja na maioria – o fundamento primeiro das instituições de ensino: a troca de saberes.

Ensino porque não há nada que me deixe mais feliz do que ver nascer a borboleta. Porque não há nada mais que eu acredite além do significado de conduzir alguém por um caminho de descobertas.

E por isso me esforço: para fazer a diferença na vida de alguém, assim como meus pais e meus tios fizeram. Assim como meu irmão se esforça em fazer e meu marido também.

Aos meus mestres mais significativos, aos meus pais, aos meus tios, ao meu irmão, ao meu marido e a todos que amam ou amaram esta profissão: FELIZ DIA DOS PROFESSORES!

segunda-feira, outubro 13, 2008

Dopada!

Eu tinha planejado um final de semana bem bacana. No sábado eu queria dar um pulo em Paraty, para ir ao Festival de Cinema, conhecer a Ita, ganhar meu banquinho, levar o marido ao Che Bar(que eu também não conheço, mas que tenho certeza de que ele adoraria só pelo que a conta e porque, enfim, a inspiração é o Che!)... E, no domingo, eu ia trabalhar mesmo, porque estava cheia de coisas para acertar.

Mas na sexta mesmo eu vi que as coisas não sairiam como o planejado. O que eu não intui foi que elas seriam piores que o esperado.

No final do dia, reparei que minha urina saiu com sangue. Fiquei assustada e comecei a procurar um ginecologista para me atender de última hora. Liguei para todos e só consegui uma mulher, numa clínica, que disse para eu ir lá ver se a “doutora” me atendia. Fui. Esperei 40 minutos e ela decidiu não me atender.

Corri para o pronto atendimento do convênio. O clínico geral me atendeu e disse que eu estava com infecção urinária. Deu um remedinho e pediu exame para o dia seguinte. Fui para casa.

No dia seguinte, sabadão de sol, às 6h da matina, marido teve de me levar às pressas ao hospital. Cólica renal. Sempre ouvi dizer que é a segunda pior dor. E é. Eu sou daquelas que tem dismenorréia nível 4 (cólica menstrual), ou seja, o pior grau. Eu achei que não havia pior dor que essa. Meu gineco sempre brincou dizendo que eu tinha um parto por mês.

Agora, eu digo: prefiro o parto (e olha que nunca tive um, de fato). A cólica renal é insuportável. E olha que só tive de um lado, se eu tivesse dos dois teria desmaiado com certeza. É indescritível a dor.

Fiquei tão dopada de remédio que dormi o final de semana todo. Estou tomando um monte de coisa, meu estômago está em frangalhos, estou trabalhando com o palitinho segurando as pálpebras e a consulta com o urologista já está marcada. Suspeita: pedra no rim.

Agora me diga: com 27 anos isso é possível? Que azarada! Mais azarada ainda porque recentemente fiz uma matéria – em parceria com a queridíssima Yara Achôa – para a revista Viva Saúde, que falava justamente sobre os mitos da quantidade de água a se tomar (para ler clique aqui).

Foi o trabalho mais libertador da minha jovem carreira de jornalista. Sim, porque eu tomo Coca-Cola o dia todo, mas água raramente. Quem ler a reportagem vai entender.

O que eu não esperava é que eu fosse fazer parte das exceções ditas pelos médicos. Eu não podia ser, pelo menos um pouquinho, a regra ao invés da exceção? Adeus Coca querida...

E vocês são exceção em quê?

quinta-feira, outubro 09, 2008

"O importante é que emoções vivi..."

Hoje é o dia que um ciclo se completa, para que outro se inicie. Pelo menos, é o que eu acredito que aconteça nos aniversários.

Para mim, fazer mais um ano de vida é ter a oportunidade de continuar a sua história, de deixar mais um pouco a sua marca.

Hoje, meu pai caminha para um novo ciclo. O início de mais um pouco da história dele, o prazer dados aos outros por poderem compartilhar de sua companhia. Falar dele não é fácil, muito menos simples é transformar em palavras o que sinto. O que posso dizer é que amor e orgulho são palavras pequenas para traduzir a complexidade e grandeza que elas têm.

Meu pai é a pessoa mais honesta que já conheci, o ser mais íntegro que já cruzei. É o cara para quem a família inteira corre na hora da dor. É aquele que acredita – acima de tudo – no ser humano. Meu pai é união.

Ele resolve o problema de todo mundo, sem pedir nada em troca. Perdoa com a mesma facilidade com que diz, obrigado. E, como meu marido bem diz, tem o coração grande, muito grande. Isso, às vezes, traz sofrimento. E ele esconde, porque quer ser forte. Mas é tão sensível quanto honesto.

Tem o abraço mais gostoso do mundo, os conselhos certeiros e a esperteza mais aguçada. Sim, porque ele também sabe levar crédito sobre ações maternas. É cabeça dura e teimoso, mas minha mãe sabe bem como dobrá-lo.

Ele não tinha muito jeito para mostrar o seu amor. E, por isso, tantas vezes brigamos, nos magoamos e choramos. Mas passa. Ele aprendeu e eu também. Hoje, é manteiga derretida – e eu adoro! – e, por isso mesmo, vai ser o melhor avô do mundo.

Hoje, eu queria estar pertinho para dar um abraço apertado e um beijo carinhoso. Mas não posso. Então, esta é minha singela forma de dizer o quanto eu te amo e o quanto você é importante na minha vida.

Quero ver sua carinha serelepe e seu sorriso maroto muitas e muitas vezes pela webcam. Quero ter conversas intermináveis pelo MSN, daquelas que talvez não tivéssemos se fosse ao vivo. Pequenas intimidades, que são só nossas.

FELIZ ANIVERSÁRIO! EU TE AMO INFINITAMENTE...

quinta-feira, outubro 02, 2008

Cansada!

Pessoal, estou de volta!

Lembram que eu falei que aconteceu uma coisa super triste comigo e prometi contar? Na verdade, eu estou é cansada de perder coisas. Desde julho do ano passado que tenho tido de enfrentar perdas. E tenho sentido que as forças para agüentar estas coisas estão se esvaindo. Entende? Ando cansada e triste com isso. E, às vezes, sem forças para dar a volta por cima.

Perdi meu avô tão, tão amado e necessário na minha vida, de forma abrupta e injusta. Perdi minha avó em outro sentido (ela está viva). Perdi dinheiro e tempo. Perdi a confiança em algumas pessoas. Meus animais, para mim, são parte da família. E tenho tido baixas freqüentes.

Domingo, dia 21, outro gatinho meu morreu. Um gatinho super querido, com manias só dele. O pior foi como tudo aconteceu.

Tenho uma cachorra – que mais parece gato – que ama os bichanos. Quando ela está na rua, se algum cachorro se aproxima deles, ela o bota para correr. Domingo, 6h da manhã, eu e meu marido acordamos com a cachorra se matando de tanto latir. Era um latido bravo e desesperado (ela não pula a cerquinha da frente de casa, embora seja bem baixa). De repente, ouvimos o miado do Benedito. Não sei como a gente não se trombou na porta do quarto, porque pulamos da cama no mesmo instante.

Quando chegamos na varanda, um cachorro o carregava pelo cangote. Saí de pijama e meia na rua de terra, molhada de chuva, gritando para o cachorro largar o meu gato. Ele largou. Mas o Benê já tinha ido. De novo, não tivemos chances de socorrer. A Branca saiu desesperada atrás do infeliz, enquanto eu chorava do lado do gato. Na volta ela parou ao meu lado e me deu uma lambida.

Benedito veio para casa quando o vimos numa feirinha da Cobasi. O marido queria um gato grande e lá estava ele. Tinha três meses. Junto trouxemos sua irmã, para não separá-los. Tinha mania de expulsar quem fosse do lugar que ele escolheu para sentar. Deitava em cima dos outros gatos. Criou a Julieta (uma gata que nos adotou) como se fosse filha dele. Posou para a fotógrafa Viviane Pelissari, todo imponente, e saiu em revista de gatos. Todos os dias miava até a gente acabar o café e dar comida para eles. Aos finais de semana, quando podíamos dormir um pouco mais, Benê não deixava. Ele miava na porta do quarto e até abria a porta. Tudo para nos convencer a levantar e alimentá-lo naquela hora.

Agora, a casa está silenciosa.

E eu cansada de ter de lidar com perdas importantes, em tão pouco tempo. E você, anda cansado do quê?

sexta-feira, setembro 26, 2008

Trabalhoooo

Pessoal, passei aqui correndo para dizer que não esqueci de vocês. Faz duas semanas que estou numa correria insana, cheia de trabalhos para entregar. No meio do caminho, aconteceu uma coisa super triste, que me deixou inerte por dois dias (depois conto aqui). Mas o trabalho intenso precisava de mim e fui obrigada a sacodir a poeira.

É isso aí, coisas boas acontecem pra quem as merece e pra quem aprende a seguir a vida de maneira leve, esquecendo quem te passou rasteiras.

Estou correndo neste momento. E volto semana que vem com gás total e absoluto.

Estejam aqui para as novidades. Porque só os meus leitores me importam...

sexta-feira, setembro 12, 2008

Apego?

Foto da minha sala, com a minha vista privilegiada...

Ontem, quando cheguei em casa do trabalho, comecei guardar a pequena compra feita no mercado e, instintivamente, liguei a televisão. Pela milésima vez – mas isso nem é tão tuim assim – a Warner reprisava episódio de Friends. E era justamente o último.

Parei para assistir. Já estava no fim e justamente a hora que decidi prestar atenção mesmo, foi quando a cena mostrava os amigos no apartamento de Mônica, vazio, comentando que todos haviam morado ali e o quanto foram felizes. Os cinco deixam suas chaves sobre um móvel. Mônica se emociona e diz que ela não imaginava o quanto aquilo seria difícil. Em seguida, eles saem do apartamento e a porta se fecha.

Isso me fez lembrar de algo que vivi e que ainda não assimilei por completo. Sempre quis sair de São Paulo, ter uma vida mais tranqüila, respirar ar puro. Quando eu e marido decidimos nos mudar para a praia (Caraguatatuba) a alegria invadiu meu coração e curtimos cada momento desta etapa. A pequena reforma na casa nova – aliás, isto ainda rende um outro post, quem sabe em seguida a este... –, os preparativos para a mudança, as burocracias. Até que chegou o grande dia.

O marido já estava na nova cidade há uma semana, porque foi preciso acelerar os pedreiros. E eu fiquei em Sampa, encarregada da mudança. A empresa que contratamos levou dois dias para encaixotar tudo. E meus pais estiveram ao meu lado o tempo todo.

Quando tudo estava encaixotado e guardado no caminhão, era hora de entregar as chaves. Pedi um segundo para minha mãe, para ficar sozinha e me despedir daquele espaço que não era meu, mas que eu amava imensamente e em que comecei de fato minha vida adulta. Assim como a personagem do seriado, eu nunca imaginei que seria tão difícil.

Chorei feito criança. E me perguntava se esta era a decisão correta. Ali ficamos por dois anos e meio. Iniciamos nossa vida a dois. Vivemos intensamente nosso espaço. E eu era extremamente feliz naquele lugar. Por mais que eu estivesse indo morar num lugar que também amo, fechar aquelas portas foi absurdamente difícil. Sinto saudade até hoje.

Será que isto é apego? Quando penso em ganhar na mega sena, as duas primeiras coisas que me vêem à cabeça para fazer com o dinheiro são: comprar aquele meu antigo apê (para eu me hospedar quando for a São Paulo) e comprar um terreno aqui onde moro, para poder ter espaço para plantar tudo o que mais gosto. Simples, não?

E você, tem saudade apertada de onde?

quarta-feira, setembro 10, 2008

Trauma???


Quando eu era pequena, minha mãe sempre me chamava de Lu ou Luca. Nos momentos mais especiais, ela me chamava de Mona (apelido que só ela me deu, porque eu não conseguia falar Mônica – do Maurício de Souza – e falava Mona e isso faz minha mãe lembrar da minha infância). Mas se o meu moral estivesse baixo, era Luciana. E se a coisa estivesse feia, era Luciana Maria. Aí eu sabia que era o fim, porque minha mãe é muito brava.

Aí acho que fiquei traumatizada. Embora adore meu nome, detesto que alguém que já tenha trocado palavras por duas vezes – no máximo – comigo, me chame de Luciana. Pode chamar de Lu, fico mais à vontade, é mais fácil, mais curto...

Lembro que uma vez pedi para uma editora, que gosto muito, parar de me chamar de Luciana, porque me dava a sensação de que ela estava brava comigo. Ela achou engraçadíssimo, mas entendeu. No começo, ela me ligava e dizia: “Luciana? Ai, desculpa, é Lu”. E caíamos na risada.

Por conta disso, vivo chamando as pessoas por Cí (Cíntia), Vi ou Vivi (Viviane), Lá (Larissa), Ká (Kátia) e por aí vai. Mas, às vezes, tenho uma sensação de que a pessoa do outro lado da linha – ou do e-mail – não curte muito essa “intimidade” forçada. Afinal, em alguns casos, acabei de conhecer a pessoa, em outros não há uma amizade para tanto.

Eu fico sem graça, mas eu não consigo. É mais forte do que eu. Virou mania, acho. Claro que se percebo que a pessoa insiste em me chamar de Luciana e assinar pelo nome inteiro (mesmo que eu esteja iniciando o e-mail com o tal diminutivo), eu me manco. E óbvio que não faço isso com fontes, ou com pessoas mais velhas, ou com autoridades. Tenho bom senso, afinal.

Mas com o pessoal que costumo ter mais contato, não tem jeito. Será trauma ou mania? Ainda não consegui descobrir. E você tem algum trauma-mania ou alguma mania-trauma? Conte a sua história!

terça-feira, setembro 02, 2008

Presente da Ju

Foto: Alberto Alves

Quando viu a descrição que coloquei no meu perfil do Orkut – “Às vezes cheia, outras minguante, ora crescente e por fim nova!” – Juliana cismou que talvez tivesse visto a expressão em algum poema.

Fiquei curiosa, porque a frase saiu realmente da minha imaginação. Então, pedi que se achasse me mandasse porque eu queria conhecer o tal.

A expressão não era a mesma. Mas ela tinha razão. Há um belíssimo poema de Cecília Meireles sobre a lua. E hoje ela me mandou de presente e eu compartilho com vocês.

Obrigada, Ju!

Lua Adversa

Tenho fases, como a lua.
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.

Fases que vão e que vêm
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.

E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases, como a lua)

No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...

Cecília Meireles