segunda-feira, janeiro 26, 2009

Esperem por mim...

Foto: Jorge Casais

Esta semana darei uma pausa nas postagens. Não fiquem tristes. Tudo em nome da profissão. Teoricamente ficarei ausente esta semana, mas se eu conseguir prometo que dou um alô estes dias. Senão, esperem por mim, porque segunda-feira que vem eu volto, cheia de coisinhas simples e encantadoras para contar! 

Beijos! Lu Fuoco

quinta-feira, janeiro 22, 2009

Sessão Pipoca


Ontem foi dia de hambúrguer, salada e balde de pipoca em casa. Tudo isso para assistir ao filme Across the Universe, junto com meu primo mais que querido, Lucas, e a namorada dele que eu adoro, Mayra, que tão bem recomendaram a película. Para quem gosta de musical é um prato cheio. E para quem não gosta também! 

Todo baseado em músicas dos Beatles, o filme as contextualiza junto ao cenário do que acontecia na década de 60, através da vida de jovens que se cruzam por diversos motivos. Cada uma das músicas escolhidas ajudam a contar a história e os dramas vividos pelos pesonagens. Sutilmente, narra também – porém, de maneira ficcional – o surgimento de Janis Joplin e Jimi Hendrix no mundo musical. 

Across the Universe ainda tem a participação especial de Bono Vox, do U2, como o hippie Dr. Robert cantando "I am The Walrus".

Muito, muito bom. Eu recomendo que vocês corram até a locadora e façam uma sessão pipoca, aproveitando este tempo chato que abala a cidade, o campo e a praia.

E você, que filme recomenda?

quarta-feira, janeiro 21, 2009

Simples assim...

Foto: Joaquim Martins

Hoje eu passei o dia trocando e-mail com uma assessora de imprensa pra lá de simpática, mas que conheço apenas virtualmente. A conversa girava em torno dos nossos desejos, dos nossos anseios de vida. 

O meu é ganhar o suficiente para não perder o sono com as contas e poder viajar uma vez ao ano. Também é juntar o necessário para comprar o apê que morei em Sampa, comprar o terrenão de frente para o mar que namoro e lá poder construir uma casinha na medida para mim e meu marido, plantar muitas árvores frutíferas, além de alface, tomate, ervas e flores. E passar o resto dos meus dias escrevendo. 

E não é que justamente hoje, assim, no fim do dia, topo com o poema delicioso da querida Mari Marinaro, que descreve bem os anseios da minha alma? 

Pois bem, divido com vocês toda esta simplicidade e maestria.

Vadiar – Mari Marinaro

Adoraria vadiar para o resto da vida,
escrever poemas 
e passar tardes comendo pêssego – branco e duro.

E se fosse de calcinha, 
ao lado de um alegre homem de cueca,
passaria os dias rindo,
até perder a respiração,
e só me permitiria chorar
se fosse de pura emoção.

E, sempre que chovesse, 
me sentaria na varanda
para ouvir a chuva me aconselhar.

Sem pressa, réplica ou apartes,
de posse da sabedoria 
que o momento é de me calar.

De deixar o pensamento vagar 
sem buscar resposta,
dar paz a mente,
ainda que a ventania bata à porta.

terça-feira, janeiro 20, 2009

Contando

Embora o blog esteja no ar desde 2007, achei interessante saber quantas pessoas passam por aqui. Então, hoje, inaugurei o “contador” de entradas. Como eu não tenho a menor idéia de quanta gente passou por aqui desde o primeiro texto, achei por bem começar do zero. Por isso o contador estará bem baixinho. Mas espero que em breve os números sejam expressivos.

Outro dia, li numa matéria (não lembro ao certo em qual veículo) que estes contadores são uma faca de dois gumes, afinal, da mesma forma que ele pode bombar, marcando muitas entradas, ele pode minguar e deixar o autor infeliz por ter tão poucos leitores.

Mesmo tendo noção do perigo, resolvi encarar o desafio. Mas, sim, realmente, eu espero ver muitos acessos. 

E você, tem contado o quê?

segunda-feira, janeiro 19, 2009

Bodas de Açúcar

Sábado foi um dia especial. Completamos 6 anos de casados. E sabe o que é mais bacana disso tudo? Nem percebemos esse tempo passar.

Isso significa que desde o começo nossa relação é tão leve – no sentido de não ser uma obrigação – que o resultado é a soma destes anos sem que eles sejam pesados. Ao mesmo tempo nossa vida é tão intensa, tão cheia de nós, que eu não saberia descrever um momento sequer sem que ele tenha a interferência do meu bem.

Somos capazes de passar o dia inteiro juntos e ainda ter o que conversarmos ao chegar em casa. E rimos, rimos muito: de nós, da vida, dos acontecimentos. E eu choro no ombro dele e ele me conforta. E ele acorda todos os dias com pique total, falante e engraçado, enquanto eu só quero mais cinco minutinhos de sono. E ele se diverte com a minha preguiça e eu me encanto com sua energia.

Ainda sinto frio no estômago toda vez que ele me dá aquele beijo. E quando sinto o perfume que ele deixou no ar, meu coração acelera. E quando ele decide cozinhar, sou capaz de ficar horas observando suas mãos ágeis preparando tudo. E toda a sua sensualidade me arrepia.

Ele implica toda vez que peço massagem no pé, mas nem por isso deixa de fazer. E eu implico toda vez que ele pede para cortar suas unhas do pé, mas nem por isso deixo elas crescerem desenfreadamente. Ele sabe ser ranzinza e egocêntrico. E eu sei ser turrona e intolerante. E assim a gente se ajeita e se entende e se concerta e se aprende e se ama.

Nesse nosso mundo, nos bastamos simplesmente com o nosso amor. Somos amantes, namorados, leais, parceiros, cúmplices na vida que escolhemos para nós. Por isso mesmo somos muito felizes.

E é exatamente por tudo isso e um pouco mais que quero passar o resto dos meus dias ao teu lado. Você esquentando meu pé e eu coçando suas costas. Eu te amo hoje e além, sempre mais.

Fernando Pessoa resume muito bem o nosso viver: "Há tanta suavidade em nada dizer e tudo se entender". Assim somos nós...

sexta-feira, janeiro 16, 2009

Pagando mico

Eu sempre achei muito romântico ver as estrelas num passeio de roda gigante. Pena que, para mim, o romantismo só fique na imaginação. Tenho pavor de altura. Travo. Passo mal.

Domingo passado fomos ao parque de diversões levar a sobrinha de três aninhos para brincar. Maridão, então, me convidou para irmos à roda gigante. O convite foi feito de forma tão meiga e fofa, que eu acreditei que o momento seria perfeito e que eu não temeria nada. Ledo engano. 

Na hora de entrar no cestinho, travei. Para não assustar a criança, acabei entrando. Mas fiquei na cena mais ridícula do universo: agarrada ao ferro de sustentação e de olhos fechados. A sobrinha? Ria adoidado. O marido também! 

Já que o romantismo tinha ido por água abaixo mesmo, a mim restou lembrar da amiga Milana, que recentemente nos convidou para voar de balão e, desde então, acalento este desejo. E, naquele momento patético, eu só conseguia repetir sem parar: “Desse jeito como vou voar de balão?" 

E você, passa ridículo por medo de quê?

Foto: Milana Dan

quinta-feira, janeiro 15, 2009

Abraço apertado


Dezembro já se foi. E aquele foi o único dia do ano em que não pensei em você. O único dia, por toda a minha vida, que eu prometi que não me lembraria você. Porque você sempre foi vida. E é vida que eu quero sentir ao lembrar de você.

Hoje sonhei contigo. E o abraço apertado que te dei parecia real, pena que você não estava em meus braços. Bateu saudade. Saudade doída. Daquele abraço, daquele sorriso, daquela voz que há um ano não ecoa.

Saudade é a palavra mais linda que existe. E que apenas nós temos. Significa tanto. É tão carregada de sentimento e...vida.

Deixo aqui uma música que não foi feita por mim, nem para mim. Mas que resume exatamente aquele meu dezembro. Feita justamente por uma italiana, cantada em italiano, pelos mesmos motivos e sentimentos. Coisas do destino....

Para você, com muita saudade.
Invece no - Laura Pausini

Forse bastava respirare
Solo respirare un pò
Fino a riprendersi a ogni battito
E non cercare l'attimo
Per andar via
Non andare via

Perchè non può essere abitudine
Diciembre senza te
Chi resta qui
Spera l'impossibile

Invece no
Non c'è più tempo per spiegare
Per chiedere se ti avevo datto amore
Io sono qui
E avrei da dire ancora
Ancora

Perchè si spezzano tra i denti
Le cose più importanti
Quelle parole che non usiamo mai
E facio un tuffo nel dolore
Per farle rissalire riportarle qui
Una per una qui

Le senti tu
Pesano e si posano
Per sempre su di noi
E si manchi tu
Io non sò riperterle
E non riesco a dirle più

Invece no
Qui piovono i ricordi
Ed io farei di più
Di ammettere che è tardi
Come vorrei poter parlare
Ancora ancora

Invece no non hopiù tempo per spiegare
E avevo anch'io Io qualcosa da sperare
Davanti a me

Qualcosa da finire insieme a te
Forse mi basta respirare
Solo respirare un pò
Forse è tardi
Forse invece no

quarta-feira, janeiro 14, 2009

Eu trabalho!

Foto: Luciana Fuoco

Quer me deixar profundamente irritada? Então, fique indignado por eu não poder ir à praia com você, em plena semana, no horário comercial. E verbalize isso para mim. Pronto, conseguiu me tirar do sério. Muito. De verdade.

O povo acha que só porque eu não bato cartão e moro na praia, todo dia é dia de festa. Que trabalho só o dia que quero, ou que posso pegar no batente em qualquer horário, para lagartear à vontade na praia. Vai ver meu dinheiro também dá em árvore – e em penca!

Só para esclarecer: eu trabalho muito mais do que fulano que bate cartão. Isso mesmo. Às vezes, são mais de 12h diárias enfurnada na mesa com a cara no computador; também costumo me internar com esta maquineta que digita em feriados e finais de semana. Ah! E eu NÃO tenho férias. NUNCA. Sabe por quê? Porque eu só ganho dinheiro se trabalho, afinal, sou dona do meu próprio negócio e isso não significa trabalhar quando e quanto se quer e, ainda sim, o dinheiro bater na porta no final do mês. Aliás, eu não sei o que são férias de 15, 20 ou as maravilhosas de 30 dias desde abril de 2004. Exatamente quando deixei de bater cartão em algum lugar.

Entendeu? Mesmo? Ou quer que eu desenhe?

terça-feira, janeiro 13, 2009

Abaixo à temporada

Eu lembro muito bem da época em que eu esperava ansiosa pelas férias de verão e de inverno. Quando criança, isso era sinônimo de correr para a praia. Depois de crescida, a torcida erra por um feriado prolongado.

Hoje, morando na praia, torço pelo fim das férias e para que os feriados não sejam prolongados. Egoísmo? Talvez, mas nem tanto.

Embora o verão seja a época que os comerciantes daqui mais têm chances de faturar alto e garantir o sustento para o restante do ano, esta é uma época em que a cidade fica lotada de gente sem educação.

As ruas não têm semáforos, porque quem mora aqui pára (ai, ai, logo este acento não mais estará por aí!) na faixa de pedestre para as pessoas atravessarem. Mas, durante a temporada, o que mais vemos são pessoas desrespeitando esta cordialidade. As praias ficam sujas e os animais não são respeitados.

Como alguns sabem, tenho muitos bichos. Em casa somos em 10 integrantes: eu, meu marido, sete gatos e uma cachorra. Muita gente pode achar absurdo, mas meus animais são como filhos para mim. O que eu não admito para um ser humano também não admito para um bicho.

E o saldo da sexta-feira passada foi uma corrida emergencial ao veterinário, com minha cachorra convulsionando e um barraco com a vizinha, que peguei no pulo atirando o chinelo no meu gato.

Enquanto as pessoas teimam em não ter educação, eu torço pelo fim das temporadas de férias e os feriados prolongados. Quero paz para mim e para os meus bichos!

quinta-feira, janeiro 08, 2009

Um novo começo

Foto: Fátima Silva

O novo ano chegou. E já está a todo vapor. Mas 2009 começou diferente para mim: sem planos, sem expectativas, sem resoluções. Apenas desejos. Simples e sinceros. Realistas ou não. Mas cheios de intenção.

Este ano não vou prometer nada. Não farei listas. Nem promessas. Serei apenas coerente com meus desejos.

E assim seguirei este novo ciclo. Mais leve. Mais fluida. Mais Simples.