quinta-feira, outubro 02, 2008

Cansada!

Pessoal, estou de volta!

Lembram que eu falei que aconteceu uma coisa super triste comigo e prometi contar? Na verdade, eu estou é cansada de perder coisas. Desde julho do ano passado que tenho tido de enfrentar perdas. E tenho sentido que as forças para agüentar estas coisas estão se esvaindo. Entende? Ando cansada e triste com isso. E, às vezes, sem forças para dar a volta por cima.

Perdi meu avô tão, tão amado e necessário na minha vida, de forma abrupta e injusta. Perdi minha avó em outro sentido (ela está viva). Perdi dinheiro e tempo. Perdi a confiança em algumas pessoas. Meus animais, para mim, são parte da família. E tenho tido baixas freqüentes.

Domingo, dia 21, outro gatinho meu morreu. Um gatinho super querido, com manias só dele. O pior foi como tudo aconteceu.

Tenho uma cachorra – que mais parece gato – que ama os bichanos. Quando ela está na rua, se algum cachorro se aproxima deles, ela o bota para correr. Domingo, 6h da manhã, eu e meu marido acordamos com a cachorra se matando de tanto latir. Era um latido bravo e desesperado (ela não pula a cerquinha da frente de casa, embora seja bem baixa). De repente, ouvimos o miado do Benedito. Não sei como a gente não se trombou na porta do quarto, porque pulamos da cama no mesmo instante.

Quando chegamos na varanda, um cachorro o carregava pelo cangote. Saí de pijama e meia na rua de terra, molhada de chuva, gritando para o cachorro largar o meu gato. Ele largou. Mas o Benê já tinha ido. De novo, não tivemos chances de socorrer. A Branca saiu desesperada atrás do infeliz, enquanto eu chorava do lado do gato. Na volta ela parou ao meu lado e me deu uma lambida.

Benedito veio para casa quando o vimos numa feirinha da Cobasi. O marido queria um gato grande e lá estava ele. Tinha três meses. Junto trouxemos sua irmã, para não separá-los. Tinha mania de expulsar quem fosse do lugar que ele escolheu para sentar. Deitava em cima dos outros gatos. Criou a Julieta (uma gata que nos adotou) como se fosse filha dele. Posou para a fotógrafa Viviane Pelissari, todo imponente, e saiu em revista de gatos. Todos os dias miava até a gente acabar o café e dar comida para eles. Aos finais de semana, quando podíamos dormir um pouco mais, Benê não deixava. Ele miava na porta do quarto e até abria a porta. Tudo para nos convencer a levantar e alimentá-lo naquela hora.

Agora, a casa está silenciosa.

E eu cansada de ter de lidar com perdas importantes, em tão pouco tempo. E você, anda cansado do quê?

5 comentários:

  1. Bem...então que tal ganhar alguma coisa hoje? que tal um banquinho pintado? Pediu...ganhou! Acho que o Pai do céu espera que vc tambem peça coisas a Ele, peça! querida, peça!
    E quanto ao seu banquinho, tem de vir busca-lo em Paraty. Vai ficar guardado a sua espera e eu tambem. Beijosssssssssssssss
    PS: Fernando Pessoa escreveu que morrer é apenas não ser visto, é desaparecer na curva da estrada, é apenas se adiantar"

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  2. Luca, não é fácil conviver com perdas, muito menos aceitá-las... assim como você estou cansada... cansada de apostar em coisas que não dão certo, cansada de tanta injustiça, inveja, falsidade... cansada de viver em um mundo com tanta desigualdade... cansada... cansada... mas ainda resta um pouquinho de esperança... e é ela que me motiva... até quando? Não sei...

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  3. Puxa, Lu, triste mesmo a perda do Benedito. Sei como se sente, já tive gatinhos assassinados por cães. É tenebroso.
    Mas, de resto, é só ter pensamento positivo que uma hora as coisas começam a melhorar. Perdas sempre teremos, isso não conseguiremos mudar. Mas podemos "cruzar os dedos" e pedir para que aconteçam num espaço maior de tempo, já que são inevitáveis, né?

    Eu tô cansada de... injustiças. Não só comigo. Mas de saco cheio de ver todo tipo de injustiça que acontece com tantas pessoas e muda a vida de forma triste.

    Bem, mas vamos começar tudo de novo, né? E Boa Semana para todosssss,

    Beijão

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  4. Ita, que alegria!
    Eu ganhei o banquinho??? Eeeee. Pidona, eu, né?
    Vou buscá-lo em Paraty com o maior prazer!
    Pois é, querida, esse lance de pedir a Deus...sabe o que é? Não sei aonde foi parar minha fé.
    Amei sua palvras, lindas demais. Obrigada!
    E estou muito, muito feliz com meu banquinho.
    Um beijo grande

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  5. Vica, que saudade, menina!
    Ainda bem que existe a esperança, não é mesmo?
    Apareça mais e me conte as novidades!

    Iê: adoro quando passa por aqui. Sabe que a gente tá longe, mas tá perto? Me conforta muito saber que posso conversar contigo horas a fio e acalmar minhas dores. Adoro, adoro você!

    Beijo

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