Pronto. Está decidido. Eu quero ser mãe!
Mas eu nunca quis ser mãe. O que será que acontece? Serão os hormônios? A idade? Ou o trabalho – tenho escrito sobre bebês? Será ainda a sociedade: os amigos tendo filhos, os sobrinhos nascendo?
Não sei. Só sei que tenho desejado muito ser mãe. Será que isso passa?
Porém, querer nem sempre é poder...
Financeiramente, ainda, é inviável trazer um filho ao mundo, no meu mundo. A casa precisa crescer, a renda precisa aumentar. E, por mais que me digam que tudo se ajeita, não tenho coragem de encomendar uma vida sem ter certeza de que posso criá-la.
Fiz muita coisa na vida com meio planejamento, só garra e na coragem. Mas esta não dá. E é frustrante querer e não poder.
Será que isso também passa?
E você, o que anda querendo e podendo, ou não?
sexta-feira, agosto 29, 2008
Eu quero ser mãe!
Prazer, eu sou o Pica-Pau
Mas naquele dia uma grata surpresa me aguardava. A Branca resolveu parar para fazer xixi em frente a uma árvore. Comecei a ouvir um barulho e estranho. Olhei para cima e vi, pela primeira vez, um Pica-Pau.
No começo duvidei se era mesmo o tal, afinal, ele nada se parecia com o passarinho endiabrado do desenho. Mas meus olhos não estavam malucos e meus ouvidos não estavam surdos. Era um Pica-Pau com certeza!
Fiquei ali, uns dez minutos, apreciando. E pensei: cada dia tenho mais certeza de que a escolha que fizemos foi a melhor. Imagina se eu veria um Pica-Pau em plena avenida Paulista???
Quando voltei para casa, corri na internet e descobri que existem várias espécies de Pica-Paus. Existe, sim, um igual ao do desenho. Mas o que eu vi era diferente. Igual a imagem que achei.
Nem preciso dizer que a quarta-feira começou boa demais. E você, quais são as pequenas coisas, ou as coisas inesperadas que fazem o seu dia começar mais alegre?
segunda-feira, agosto 25, 2008
Prêmio Dardos
Ganhei de presente mais um selo do mundo dos blogs: o prêmio Dardos. E foi a querida amiga Karina, do blog Delirium, que me presenteou. Fico super feliz não só porque a Ka gosta de coisas boas, mas porque ela é uma pessoa que vou sempre levar no coração.
Obrigada amiga!
Ele tem o seguinte significado:
"Reconhecer os valores que cada blogueiro mostra a cada dia, seu empenho por transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais etc. Em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras…".
E ele tem três condições:
*Aceitar exibir a distinta imagem
* Linkar o blog do qual recebeu o prêmio.
* Escolher quinze 15 blogs para entregar o Prêmio Dardos.
E os meus indicados são:
sexta-feira, agosto 22, 2008
Olimpíadas 2008 - Parte 2
Não sou daquelas que costuma usar a máxima egocêntrica “Eu não disse?”. E não vou usá-la hoje. Mas já era de se esperar o que aconteceu com a Ginástica Rítmica brasileira.
Não nos classificamos para a final. E pior: amargamos o último lugar. Somos a pior equipe de todas que competiram. Detalhe: até das japonesas, que se estabanaram horrores numa troca de aparelhos.
O problema não são as meninas, embora elas tenham menos nível técnico e de habilidade do que a seleção anterior. Mas isso se aprimora, afinal, elas são jovens e inexperientes.
A grande questão é: só existe uma equipe que pode nos fazer ganhar e ela está em Londrina. Antes eu diria que só Bárbara Laffranchi poderia reverter a situação. Não penso mais assim, afinal temos Camila Ferezin. Porém, de alguma forma, Bárbara ainda é fundamental para o esporte e isso afirmo com todas as letras.
Por mais que os políticos do esporte torçam o nariz, eles têm de admitir que a Unopar fez aquilo que era de responsabilidade deles fazer – e não fez. E quando tentou fazer, fez meleca.
Vamos lá: a Unopar montou um centro de GR excepcional. As ginastas da seleção eram mantidas por eles – com ajuda mínima e inexpressiva da Confederação. Ali era possível treinar em pé de igualdade com as meninas do leste europeu, tradicionalíssimas no esporte.
Acrescente a isso a genialidade de Bárbara Laffranchi. Sim, porque ela é genial. E sobre gênios, não há muito o que se explicar, apenas entender que naquela pessoa se concentra tudo o que é preciso de conhecimento, dedicação, amor e insight. Tudo na medida certa. Por enquanto, Bárbara é insuperável. É preciso reconhecer.
A apresentação de hoje estava mais bonita e elaborada. A música também (embora num dado momento, música e elementos se descompassaram). Mas houve ajuda de gente mais experiente. Isso, Bárbara nunca precisou. Pelo contrário, foi Oleg que precisou dela, para apimentar a coreografia com a qual Daiane se consagrou no Mundial. Pois é!
Está claro que a Unopar detém o conhecimento e a estrutura. Se quisermos batalhar por medalha neste esporte é preciso devolver a eles o bastão. E Bárbara fez escola. Quem acompanha o trabalho da GR sabe dos feitos que Camila Ferezin tem conquistado com sua equipe. Por isso digo: devolvam à Unopar o direito de fazer aquilo que só eles sabem fazer: uma seleção brasileira de Ginástica Rítmica de verdade.
Parabéns às meninas que se esforçaram. Isso nunca é em vão...
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Eu chorei!
Foto: UOL (o link leva não só à foto, mas também à notícia dada pelo portal)
Foi impossível conter as lágrimas depois da vitória de Maurren.
Um arrepio dominou o meu corpo e, quando percebi, eu já estava chorando. Depois de tudo o que ela passou, conquistar o pódio máximo é a consagração de todo o esforço e batalha.
Confesso que o choro não foi apenas por compartilhar a emoção que ela sentia. Naquele momento, pela primeira vez, não me envergonhei por não ter lutado para ser quem um dia quis ser. Isso já foi um assunto mal resolvido na minha vida. Hoje, percebi que não é mais.
Minha batalha, agora, é por aquilo que eu sei que quero e que posso ser. Ela está dura. Mas ver superações assim – com todas as dificuldades que sabemos existir – me faz ter certeza de que também posso chegar lá.
E eu vou!
Parabéns para a Maurren e para todas as pessoas que se superam diariamente por aquilo que querem ser, por aquilo que acham que devem ser, ou por alguém – ou algo – que acreditam que valha a pena lutar.
quinta-feira, agosto 21, 2008
Olimpíadas 2008 - Parte 1
Foto: UOL
Assisti às apresentações e gostei muito do que vi – tanto nos individuais quanto nas equipes – mas é fato: o conjunto brasileiro não tem chance. É triste dizer isto. Só que é a pura verdade.
É só juntarmos as peças: ganhamos o Pan porque não havia como perder – são menos competidoras de alto nível e tinha lá o tal lance político –, no entanto, fomos péssimas no Mundial e só estamos nas Olimpíadas porque fomos convidadas. Sim, amigos, diferente da seleção anterior, que mesmo com a vaga garantida em Atenas por conta do Pan, cravou a série no Mundial da época e não foi para a Grécia como equipe convidada.
Erros acontecem e, por isso, não melhoramos nossa posição na última Olimpíada e repetimos Sidney. Porém, nível para batalhar – pelo menos – o terceiro lugar do pódio tínhamos e muito. Música bem escolhida, roupa perfeita e série com nível elevadíssimo.
Isso, infelizmente, a equipe atual não tem. Nem de longe.
Sinto pelas ginastas, que batalham, lutam, treinam, se esforçam. E fizeram uma apresentação linda, com energia e sorrindo o tempo todo. Mas isso não basta. É preciso ter um corpo técnico que saiba elaborar coreografias difíceis, que nos coloquem em pé de igualdade para competir com as russas, bielo-russas, ucranianas e azerbaijanas.
Estamos apresentando séries primárias, com elementos que eu executava quando praticava o esporte lá nos idos de 90.
O alto nível das apresentações em Pequim já nos deixou na última posição da primeira preliminar. Se o nível de dificuldade continuar igual para a próxima apresentação, o oitavo lugar tão suado que conquistamos e que nos tirou do limbo da GR mundial será ocupado por outro país e iremos amargar as últimas posições.
Uma pena, para as atletas que estão fazendo de forma belíssima a sua parte. Mas, quem sabe, uma lição para os políticos do esporte que, por ego, meteram os pés pelas mãos!
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Um sentimento: hoje era dia que o telefone tocaria, mas não tocou. Ainda lembro quando ele ligava e dizia “Bela, liga a televisão. Está passando GRD” ou ainda “Lu, você está assistindo? Está passando no canal ...”. Faz falta ouvir essa voz. Foi muito difícil passar a manhã sem ouvir o telefone tocar.
Eu não estava preparada para isso. Mas quem será que está? Há sempre alguém esperando o telefone tocar...
Mas acho que o mais triste é que ninguém ligou. Nem ele, nem ela, que também ligava. Ele se foi, mas e ela? Onde será que ela se encontra? Só ela sabe, ou, talvez, nem ela...
quarta-feira, agosto 20, 2008
Despertar...
E olha que eu não tomo café. Quer dizer, tomo raramente. Embora eu goste, ataca meu estômago, então, evito. Mas o cheiro eu consumo sem moderação.
Tenho uma relação muito próxima com este fruto. Quando pequena, meus avós moravam em uma casa que tinha um pé de café. O cheiro adocicado da fruta me fascina até hoje e posso reconhecê-lo à distância.
Minhas tardes, naquela época, eram regadas ao cheiro do café coado por minha avó e ao gosto adocicado da fruta, que ela colhia para eu comer.
Coisas simples, mas tão importantes. São lembranças que fazem parte daquilo que sou hoje e de onde encontro aconchego sempre que preciso. E você, quais são suas simples lembranças?
segunda-feira, agosto 18, 2008
Para ela...
Minhas últimas semanas foram tensas, doloridas, frustrantes, tristes. Eu não poderia ter começado esta segunda quinzena de melhor forma. Foi um presente. Um alerta. Um carinho. Meu coração também ficou feliz.
E eu queria dizer quem era, mas ela sabe que é ela. E eu queria mostrar quem era, mas eu sei quem é. No mundo em que a gente desconfia de tudo, melhor é deixar assim. Palavras ao vento, sentimento no peito e imagem na alma. Ela sabe que é dela que eu falo. E eu sei o tamanho que ela tem em mim. E a felicidade que foi ouvir a voz dela e ver o sorriso...ah, aquele sorriso.
Se cuida, minha querida. Eu te amo. E muito. E você faz falta. Demais!
Voltei!
Peço desculpa pela ausência, foi o trabalho que consumiu todo este tempo. E a falta de organização também, confesso.
Só quero dizer algumas coisas, para você que me acompanha fielmente – mesmo com as minhas ausências:
1 – Estou de volta!
2 – Com muita vontade de escrever...
3 - ...e comemorar.
4 – Dia 30 o blog faz um ano!!!!
5 – espero vocês para o bolo virtual.
Beijos e beijos