
Foto: UOL
Nada melhor do que ser dono do seu próprio tempo, não é? Claro que isto também é um perigo. Hoje, por exemplo, me dei ao luxo de começar o trabalho mais tarde. Tudo para assistir às preliminares da Ginástica Rítmica nas Olimpíadas. Óbvio que vou estender o turno para além do horário de costume, mas o que há de mal nisso?
Assisti às apresentações e gostei muito do que vi – tanto nos individuais quanto nas equipes – mas é fato: o conjunto brasileiro não tem chance. É triste dizer isto. Só que é a pura verdade.
É só juntarmos as peças: ganhamos o Pan porque não havia como perder – são menos competidoras de alto nível e tinha lá o tal lance político –, no entanto, fomos péssimas no Mundial e só estamos nas Olimpíadas porque fomos convidadas. Sim, amigos, diferente da seleção anterior, que mesmo com a vaga garantida em Atenas por conta do Pan, cravou a série no Mundial da época e não foi para a Grécia como equipe convidada.
Erros acontecem e, por isso, não melhoramos nossa posição na última Olimpíada e repetimos Sidney. Porém, nível para batalhar – pelo menos – o terceiro lugar do pódio tínhamos e muito. Música bem escolhida, roupa perfeita e série com nível elevadíssimo.
Isso, infelizmente, a equipe atual não tem. Nem de longe.
Sinto pelas ginastas, que batalham, lutam, treinam, se esforçam. E fizeram uma apresentação linda, com energia e sorrindo o tempo todo. Mas isso não basta. É preciso ter um corpo técnico que saiba elaborar coreografias difíceis, que nos coloquem em pé de igualdade para competir com as russas, bielo-russas, ucranianas e azerbaijanas.
Estamos apresentando séries primárias, com elementos que eu executava quando praticava o esporte lá nos idos de 90.
O alto nível das apresentações em Pequim já nos deixou na última posição da primeira preliminar. Se o nível de dificuldade continuar igual para a próxima apresentação, o oitavo lugar tão suado que conquistamos e que nos tirou do limbo da GR mundial será ocupado por outro país e iremos amargar as últimas posições.
Uma pena, para as atletas que estão fazendo de forma belíssima a sua parte. Mas, quem sabe, uma lição para os políticos do esporte que, por ego, meteram os pés pelas mãos!
---------------------------------------------
Um sentimento: hoje era dia que o telefone tocaria, mas não tocou. Ainda lembro quando ele ligava e dizia “Bela, liga a televisão. Está passando GRD” ou ainda “Lu, você está assistindo? Está passando no canal ...”. Faz falta ouvir essa voz. Foi muito difícil passar a manhã sem ouvir o telefone tocar.
Assisti às apresentações e gostei muito do que vi – tanto nos individuais quanto nas equipes – mas é fato: o conjunto brasileiro não tem chance. É triste dizer isto. Só que é a pura verdade.
É só juntarmos as peças: ganhamos o Pan porque não havia como perder – são menos competidoras de alto nível e tinha lá o tal lance político –, no entanto, fomos péssimas no Mundial e só estamos nas Olimpíadas porque fomos convidadas. Sim, amigos, diferente da seleção anterior, que mesmo com a vaga garantida em Atenas por conta do Pan, cravou a série no Mundial da época e não foi para a Grécia como equipe convidada.
Erros acontecem e, por isso, não melhoramos nossa posição na última Olimpíada e repetimos Sidney. Porém, nível para batalhar – pelo menos – o terceiro lugar do pódio tínhamos e muito. Música bem escolhida, roupa perfeita e série com nível elevadíssimo.
Isso, infelizmente, a equipe atual não tem. Nem de longe.
Sinto pelas ginastas, que batalham, lutam, treinam, se esforçam. E fizeram uma apresentação linda, com energia e sorrindo o tempo todo. Mas isso não basta. É preciso ter um corpo técnico que saiba elaborar coreografias difíceis, que nos coloquem em pé de igualdade para competir com as russas, bielo-russas, ucranianas e azerbaijanas.
Estamos apresentando séries primárias, com elementos que eu executava quando praticava o esporte lá nos idos de 90.
O alto nível das apresentações em Pequim já nos deixou na última posição da primeira preliminar. Se o nível de dificuldade continuar igual para a próxima apresentação, o oitavo lugar tão suado que conquistamos e que nos tirou do limbo da GR mundial será ocupado por outro país e iremos amargar as últimas posições.
Uma pena, para as atletas que estão fazendo de forma belíssima a sua parte. Mas, quem sabe, uma lição para os políticos do esporte que, por ego, meteram os pés pelas mãos!
---------------------------------------------
Um sentimento: hoje era dia que o telefone tocaria, mas não tocou. Ainda lembro quando ele ligava e dizia “Bela, liga a televisão. Está passando GRD” ou ainda “Lu, você está assistindo? Está passando no canal ...”. Faz falta ouvir essa voz. Foi muito difícil passar a manhã sem ouvir o telefone tocar.
Eu não estava preparada para isso. Mas quem será que está? Há sempre alguém esperando o telefone tocar...
Mas acho que o mais triste é que ninguém ligou. Nem ele, nem ela, que também ligava. Ele se foi, mas e ela? Onde será que ela se encontra? Só ela sabe, ou, talvez, nem ela...
Olá, gostei muito do seu blog.
ResponderExcluirParabéns!
Um abraço